Oxford Economics prevê recessão de 2,8% em 2020

A consultora Oxford Economics considera que a economia de Angola vai ter um crescimento negativo de 2,8% este ano, devido à pandemia mas também à queda dos preços do petróleo (baixaram 66% desde o início do ano) que se vem verificando: “Qualquer otimismo sobre a economia poder reemergir da recessão de 4 anos em 2020 foi completamente anulado pela guerra de preços que surgiu em março”, lê-se numa análise efetuada pela Oxford Economics sobre a economia angolana, na qual se prevê, ainda, uma “contração de 2,8% em 2020, antes de uma recuperação de 0,9% em 2021”. Ainda assim, os analistas alertam para o facto de que “os riscos estão fortemente encostados ao lado negativo, já que existe uma grande incerteza sobre a duração e a severidade do impacto da pandemia da COVID-19 na procura global e sobre as preocupações sobre o excesso de oferta nos mercados petrolíferos, apesar do acordo entre os produtores”. A Oxford Economics baixou, ainda, a previsão de evolução do preço médio do petróleo em 45% no ano em curso, o que é “um enorme golpe para a economia de Angola, muito dependente” desta matéria-prima. Também o Ministério angolano das Finanças cortou recentemente a previsão de evolução da economia, antevendo um crescimento negativo de 1,2% este ano, que compara com a estimativa do FMI de quebra de 1,4% do PIB. Sobre a inflação, que em março atingiu 19,6%, face a 18,7%, em fevereiro, a consultora internacional antevê “que esta tendência se mantenha durante o ano, que a moeda nacional continue o caminho de depreciação [o Kwanza deverá perder valor e ser transacionado a AKZ 565,90 por USD, uma subida acentuada face aos AKZ 508,30/USD do ano anterior] e que as perturbações sobre a cadeia de abastecimento alimentar permaneçam devido às restrições impostas para controlar a propagação da COVID-19”.

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