Receita diamantífera sobe 26,43% no 1º trimestre de 2021

De acordo com os dados da Endiama, a receita diamantífera fixou-se em USD 220,3 milhões no 1º trimestre deste ano, com a venda de 1.178.420 quilates, ao preço médio unitário de USD 186,96, refletindo um aumento de 26,43% nas contribuições para os cofres do Estado, quando comparando com os números do mesmo período de 2020, em que as receitas com a venda de 1.211.018 quilates, ao preço médio de USD 133,84 por quilate, atingiram USD 162,07 milhões; observou-se, assim, um incremento de USD 58,2 milhões nos primeiros 3 meses deste ano face ao período homólogo do ano anterior. Os números foram divulgados pelo diretor da área de Comercialização da Endiama, José Carlos de Sousa, no Seminário de Capacitação para Jornalistas Económicos e Profissionais de Comunicação na área dos Diamantes. Segundo o responsável, no 1º trimestre deste ano registou-se uma redução de 32.597 quilates (-2,69%) na venda de diamantes face ao período homólogo do ano anterior, pese embora, para este ano, a previsão de produção seja de 10,5 milhões de quilates, e em 2022, entre13,5 a 14 milhões de quilates, no quadro das estratégias de desenvolvimento e crescimento do sector. Os Emirados Árabes Unidos, a Índia e a Bélgica foram os principais destinos dos diamantes produzidos em Angola. O país conta, atualmente, com 4 fábricas de lapidação em funcionamento, instaladas na província de Luanda, com capacidade total de 234 mil quilates/ano. Outras 4 unidades congéneres estão em construção no Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo, na província da Lunda Sul, com uma capacidade de lapidação de252 mil quilates/ano, o que aumentará a produção para 486 mil quilates até o final de 2021. Angola é o 6o maior produtor de diamantes a nível mundial, com 9,1 milhões de quilates produzidos (em 2019), a seguir à Áustria(12,9 milhões), à República Democrática do Congo (14,1 milhões), ao Canadá (18,6 milhões), ao Botswana (23,6milhões) e à Rússia (líder com 45,2 milhões de quilates). Os principais mercados de destino dos diamantes são a Bélgica (Antuérpia), o Dubai, os Estados Unidos da América, a Índia e a China (Hong Kong), num sector com significativa intervenção de concorrentes como a De Beers, a Alrosa e a Rio Tinto. Ao intervir no mesmo seminário promovido pela Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO), o economista Carlos Rosado, que apresentou o tema “Comunicação e Filtragem da Informação nos Diamantes” considerou que “as receitas dos diamantes não têm grande expressão no PIB”: segundo cálculos por si efetuados, as receitas diamantíferas representam 0,5% do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2021, apontando os níveis de informalidade como uma das causas para esta participação reduzida: no “Resumo do OGE/2021” (documento específico) sobre a receita por natureza económica, prevê-se a arrecadação de AKZ 12,3 mil milhões com o imposto industrial de diamantes e de AKZ 24,8 mil milhões com o imposto sobre a produção diamantífera.

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