O investimento direto estrangeiro em Angola registou, no 1º trimestre do ano em curso, o total de USD 138,4 milhões, valor que compara com USD 1.034,2 milhões no trimestre precedente. Segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA), o resultado deveu-se ao aumento dos passivos inerentes aos investimentos efetuados no sector petrolífero, ou seja, da redução no nível de recuperação do investimento deste sector pelos investidores estrangeiros. Os fluxos do investimento direto estrangeiro que ingressaram no país durante o período em análise situaram-se em USD 1.643 milhões, sendo 90 % deste valor oriundo de investimentos no sector petrolífero. Do lado do investimento direto angolano no exterior, é de destacar a recuperação de investimento, também, no sector petrolífero, que atingiu USD 1.778 milhões face aos USD 2.815 milhões no trimestre anterior. Os principais investidores em Angola no setor dos petróleos foram os Estados Unidos da América, a França e o Reino Unido; no sector não petrolífero, destacaram-se os Emiratos Árabes Unidos (EAU), a Alemanha e a África do Sul. O saldo do investimento de carteira passou de um superavit de USD 157,5 milhões, no 4.º trimestre de 2020, para um défice de USD 1,2 milhões, no 1.º trimestre de 2021. Quanto ao outro investimento, o investimento estrangeiro registou um saldo superavitário de USD 794,7 milhões face a USD 1.006 milhões no trimestre precedente, justificado pelo aumento dos créditos comerciais concedidos, das moedas e depósitos e pela redução das amortizações dos empréstimos recebidos. No que toca à posição líquida do investimento internacional, o défice registou uma melhoria ao atingir o valor de USD 32.154 milhões, valor que compara com USD 32.612 milhões no 4.º trimestre do ano anterior, em resultado do aumento dos ativos financeiros (créditos comerciais, depósitos e ativos de reserva) que foram substancialmente superiores ao aumento dos passivos. De entre os ativos financeiros angolanos, e à exceção do investimento direto, que apresentou uma redução, quase todas as outras rubricas registaram um aumento. O outro investimento representou, assim, 57% do total dos ativos, seguido das reservas internacionais, com 32,6%, e do investimento direto, com 6,9%. O stock do investimento angolano no exterior foi de USD 3.181 milhões, investidos maioritariamente em Singapura, Ilhas Maurícias, Portugal, Ilha de Man e São Tomé e Príncipe.
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