Bolsa de Diamantes de Angola arranca em 2022

O Ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás anunciou, no dia 26 de março, que a Bolsa de Diamantes de Angola deve arrancar, ainda que de forma experimental, em 2022, estando a ser criadas as condições para que seja “atrativa e competitiva”. Segundo Diamantino Azevedo, Angola contratou um antigo presidente da Bolsa de Diamantes da Antuérpia e que ajudou a criar a Bolsa de Diamantes do Dubai para trabalhar com quadros angolanos na implementação da bolsa visando o “reforço do papel de Angola” na comercialização dos diamantes que produz. O Ministro falava em Luanda, por ocasião de um “Fórum sobre Oportunidades de Negócios em Angola nos domínios da Mineração, Petróleo e Gás”, realizado com o objetivo de apresentar ao corpo diplomático presente no país as potencialidades de investimento nestas áreas, tendo indicado 2022 como horizonte temporal para o arranque experimental das atividades da Bolsa de Diamantes de Angola, “se as condições permitirem”, referindo que “a criação de uma bolsa não se faz apenas por decreto. Temos que criar todas as condições para que ela seja competitiva, porque existem várias bolsas de diamantes no mundo, algumas com uma organização e fator de competitividade muito elevado”, concluiu o governante. Mais de 28 empresas, pequenas, médias e de grande porte, angolanas, estrangeiras e em parceria, estão a fazer prospeção de ouro em Angola, nomeadamente nas províncias do Huambo e Huíla, estando já dois projetos de exploração em funcionamento; uma mina de manganês, situada parcialmente nas províncias de Malanje e do Cuanza Norte, será inaugurada em abril, fruto do primeiro concurso público para outorga de direitos mineiros; foram negociadas e concedidas licenças para o projeto de fosfatos de Cacata, na província angolana de Cabinda, e o MIREMPET está a negociar projetos de fosfato, na província do Zaire, e de ferro, na província do Cuanza Norte. Diamantino Azevedo congratulou-se com os investidores que atuam no país, no segmento dos recursos minerais sólidos, observando que várias empresas nacionais e estrangeiras já trabalham na prospeção de cobre, lítio e terras raras. “Mas, o importante também é dizer que a prospeção é uma atividade que necessita de tempo, de alto risco e de investimentos elevados, então, aos poucos, começamos a ter resultados desses projetos”, disse. Na cerimónia, que decorreu na sede do Instituto Geológico de Angola (IGEO), em Luanda, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e a Administração do IGEO assinaram protocolos de cooperação com a Japan Oil, Gas and Metals National Corporation (Jogmec); Diamantino Azevedo, Canga Xiaquivuila, Presidente do Conselho de Administração do IGEO, e o Embaixador do Japão em Angola, Jiro Maruhashi, foram os signatários dos Memorandos, cujo objetivo passa por ”reforçar, ainda mais, essa cooperação [existente entre Angola e o Japão], fazendo com que esta instituição trabalhe com o IGEO e que o conhecimento geológico de algumas áreas já definidas no país sejam mais atrativas ao investimento”, concluiu Diamantino Azevedo.

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