Hafez Ghanem, Vice-Presidente do Banco Mundial para a África Austral, disse, no passado dia 10 de novembro, na conferência de imprensa decorrida no final da visita do Banco Mundial e da Sociedade Financeira Internacional (SFI ou IFC na sigla em inglês – International Finance Corporation) a Angola, que a instituição multilateral que representa vai disponibilizar a Angola € 1,3 mil milhões (USD 1,5 mil milhões) até junho de 2022, visando o apoio a projetos diversos: “Discutimos com o Governo a aposta na agricultura, que cria empregos e aumenta a segurança alimentar, o desenvolvimento das zonas rurais, debatemos a importância das cadeias de valor, da agroindústria e projetos para apoiar os agricultores a lidarem com as alterações climáticas, para além de outras áreas como o saneamento e as infraestruturas”, disse. O responsável do Banco Mundial elogiou as reformas implementadas pelo Executivo angolano e desvalorizou a recessão, apontando o facto de o abrandamento económico ser transversal a todo o mundo, devido aos efeitos da pandemia de COVID-19. Neste contexto, Hafez Ghanem apontou Angola como um exemplo no combate à pandemia, uma vez que “já foram vacinadas 7 milhões de pessoas”, e acrescentou sentir “orgulho por ser parceiro do Governo, porque em comparação com os vizinhos, está numa situação muito melhor”. Na ocasião, Hafez Ghanem falou, também, da importância do apoio conferido às mulheres: “Da nossa experiência em toda a África, melhorar a condição das mulheres leva a uma melhoria do capital humano, a um melhor crescimento económico e a uma redução da pobreza, por isso temos programas no valor de USD 5 milhões para apoiar um milhão de raparigas”. Para Sérgio Pimenta, Vice-Presidente da SFI para África, “há boas perspetivas para um aumento do envolvimento financeiro, estou muito contente com esta visita, podemos desembolsar mais fundos e prestar mais assistência técnica nas áreas das energias renováveis, telecomunicações, economia digital, enfim, há muita coisa que se pode fazer, embora alguns projetos precisem de reformas a nível governamental e mudanças regulamentares”, concluindo que “Vai haver grandes progressos e estamos otimistas sobre o desembolso de mais fundos em mais projetos”.
- < Voltar para Actualidade
- Partilhar