A Standard & Poor’s disse, no passado dia 16 de maio, que Angola deverá registar um excedente orçamental primário superior a 5% do PIB, mas alertou para o forte aumento dos pagamentos de dívida a partir de 2023: “Graças ao atual nível elevado dos preços do petróleo, estimamos que Angola deverá registar um excedente orçamental primário [sem contar com os juros] acima de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, o 2.º melhor em África; isto vai ajudar a aliviar as preocupações de curto prazo sobre a liquidez, mas notamos que os pagamentos de dívida externas vão aumentar significativamente a partir de 2023, quando os acordos de reestruturação da dívida com 2 bancos chineses terminarem”, refere ainda a agência de notação financeira. A emissão de dívida pública no mercado interno tem sido uma das apostas do Executivo angolano para evitar endividar-se no mercado internacional, procurando não só estimular o próprio mercado interno, como também não ficar sujeito ao pagamento dos juros a uma taxa aproximada de 10%, exigida pelos investidores internacionais.
- < Voltar para Actualidade
- Partilhar